O testemunho pessoal do irmão Milton

Testemunho Pessoal do Irmão Milton

Depois de 20 anos como membro e ancião da IASD, fui chamado de idiota por um Dr. Pastor do UNASP.

Queridos irmãos e amigos, sirvo-me deste meio de comunicação para dar um testemunho pessoal, sobre o descaso da liderança da IASD para com aqueles que ousam contestá-la sobre qualquer aspecto. Dois anos de sofrimento que enfrentei na minha longa caminhada em busca da verdade sobre Deus, desde que percebi numa simples leitura bíblica, comumente chamada de “leitura do ano bíblico”, que havia algo de errado com o que eu aprendera sobre a Trindade até aquele momento.

Ao perceber, certamente que pelo Espírito, algumas “contradições” dos versos que me despertaram a atenção para este erro doutrinário, iniciei uma investigação minuciosa o que me levou inicialmente a um conflito interior muito grande, a ponto de quase me fazer perder a fé e a esperança.

Por um lado, não podia acreditar que por mais de vinte anos da minha vida, eu estivesse plenamente convicto de ter conhecido toda a verdade e conseqüentemente estar fazendo parte da verdadeira igreja de Deus na Terra, e agora, ver que ainda assim eu poderia estar totalmente perdido, por acreditar em algo que me fora ensinado de maneira errada.

E por outro lado, comecei a perceber que o erro era meu mesmo por ter permitido que minha vida fosse totalmente dirigida e manipulada por homens iguais a mim e que, portanto, poderiam estar tão errados quanto eu.

Assim diz o YHWH (“Adonai”)

Minha primeira atitude, logo que surgiu a dúvida acerca da “pessoa” do Espírito Santo, foi procurar um irmão que eu acreditava ter um grande conhecimento teológico e uma profunda relação com Elohim (D`US).

Procurei o irmão Lourenço Gonzalez, (já falecido) proprietário da editora ADOS, responsável pela edição de boa parte dos materiais da União e Associação Rio da IASD e autor de algumas publicações e livros, sendo o mais o livro “Assim Diz o Senhor” o mais conhecido.

Quando lhe falei da minha dúvida sobre o Espírito, sua primeira reação foi me ignorar. Creio que ele imaginou na época, que eu estiva brincando talvez. Posteriormente, passou a grande parte do seu tempo tentando defender a fé doutrinal da IASD, escrevendo artigos e folhetos que pudessem contestar o que eu estava tentando mostrar como erro doutrinário aos meus queridos e amados irmãos.

A cada texto e passagem examinada juntamente com algumas citações dos livros da escritora Ellen G. White, que na época, eram denominados como o Espírito de Profecia, mais confuso eu ficava acerca do assunto e mais angustiado por uma resposta clara que trouxesse paz ao meu coração.

Foram mais dois anos de estudos incansáveis, muitas vigílias noites adentro, muitos e muitos dias de jejuns e incontáveis horas de orações.

Com a ajuda de um site denominado, “adventistas.com” e outro de nome “adventistas.net”, comecei a esclarecer algumas duvidas. Um dia resolvi escrever para o adventistas.com solicitando um debate sobre a doutrina da trindade, e o proprietário do site, um ex-pastor adventista, chamado Robson, publicou minha carta com o seguinte titulo: “Trindade assunto muito sério”.

Desde então, vi que a minha duvida também era a duvida de muitos outros. Continuei pesquisando e ficando cada vez mais convicto da não existência de uma trindade.

Adeus, ancionato

Ao perceber a seriedade do problema, minha esposa, na época, entrou em contato com um pastor muito amigo, que teve uma participação marcante como um instrumento de Elohim (D`US) para me levar a ter um verdadeiro encontro com YAUHSHA (“Cristo”). Infelizmente, ele atuava em outra Associação e por telefone, tentou me esclarecer o assunto usando os mesmos argumentos que eu já conhecia quando fui doutrinado pela igreja, e apesar da boa vontade, em nada me ajudou quanto a esclarecer o assunto.

Por conta própria, ele pediu para que um outro pastor também muito amigo desde a infância, que crescera junto comigo na mesma igreja, tentasse me auxiliar. Este pastor esteve em minha residência e, ao final de nossa conversa, disse que somente uma pessoa mais bem preparada neste assunto poderia me ajudar e que ele nada mais poderia fazer, pois estariam viajando para outro estado.

De alguma forma, outras pessoas foram tomando conhecimento de que eu já não cria na doutrina da trindade. Desse momento em diante, houve uma mudança de atitude em meus irmãos que antes demonstravam um grande amor e apreço por mim. Antes, porém, quando chegou o período de eleições para os cargos de liderança da igreja, meu nome foi votado para continuar no ancionato da igreja pelo quarto ano consecutivo. Eu já era ancião ordenado por dois anos e cantava no coral e quarteto da igreja local há mais de 15 anos.

Deixei o ancionato antes que a igreja me proibisse de atuar, o que ocorreu logo mais adiante com as outras atividades, como por exemplo a do quarteto em que cantava. Em uma bela manhã de sábado, o grupo em que eu cantava estava escalado para fazer a parte musical e, após ter cantado a primeira música, um dos demais anciãos pediu-me para que eu não mais cantasse até que a igreja tomasse uma decisão sobre o meu caso.

Apostila emprestada

As coisas pioraram a partir do momento em que o pastor local (Geovane Felix) entrou no circuito para tentar resolver o problema. Primeiro ele foi a minha casa supostamente para uma visita a família. Lá, ele ficou sabendo acerca do que eu pensava sobre o assunto. Dei-lhe todo material que eu havia estudado e pedi explicações.

Após alguns meses, ele então se reuniu comigo e mais um ancião e apresentou-me uma apostila que ele confessou ter solicitado a um colega de ministério para tentar esclarecer minhas dúvidas. Começamos a discutir o assunto, apenas ele e eu, sem a interferência do outro ancião que apenas observava e, ao final, não se chegou a conclusão alguma.

Alguns irmãos começaram a me inquirir sobre o assunto, então a atitude do pastor foi a de pregar em minha igreja sobre a trindade, tentando defendê-la a todo custo. Ele começou o sermão, dizendo as seguintes palavras segundo posso me lembrar:

“Antigamente irmãos, quando alguém se levantava contra a igreja e o que ela ensina, a pessoa não ficava na igreja. Hoje, aqueles que estão se levantando contra a igreja, permanecem dentro da igreja e isto é muito pior”. Obviamente estava se referindo a mim, que ainda permanecia na igreja como um dos membros.

Falou então dos ataques que a igreja vem sofrendo via Internet e dos muitos sites que estão atacando a igreja “para destruí-la”, mas que Deus iria conduzi-la até o porto seguro, etc, etc, etc. Foram mais ou menos essas palavras.

Depois de mais alguns desentendimentos, finalmente ele resolveu levar-me para uma reunião da mesa administrativa na Associação.

Sinal de Deus

Antes porém, enquanto ainda existiam algumas duvidas em meu coração, supliquei a Deus que me revelasse por meio de algum sinal se eu estava correto ou não na forma como estava entendendo o assunto.

Resolvi solicitar ao Criador uma prova, para confirmar se eu estava ou não no caminho da verdade, então liguei para o irmão Lourenço Gonzalez e fiz a seguinte proposta: “Irmão Lourenço, o irmão acredita que Deus responde por meio de sinais como no passado?” “Sim”, ele disse. Então eu disse a ele que eu também acreditava.

Aí, disse-lhe: “Irmão Lourenço, por favor reúna sete irmãos, que sejam considerados homens de fé juntamente comigo e peçamos um sinal a Elohim (D`US).

Pedi para que ele escrevesse a palavra “verdadeiro” em seis papéis, e, em apenas um papel, escrevesse a palavra “falso”. Pois eu dizia que a trindade é um falso deus e ele, com toda a Igreja (IASD) diziam ser o verdadeiro, então deixaríamos que Elohim (D`US) dissesse quem estava com a verdade. Perguntei  se ele concordava; E disse okay?”

Ele ficou mudo por alguns segundos, como se do outro lado da linha estivesse pensando o que dizer e então me disse o seguinte: “Eu vou consultar a Deus e depois lhe respondo.” Então eu disse: “Okay! Aguardo sua resposta.”

Depois de três semanas, eu o procurei novamente, pois tive a impressão de que ele evitava falar comigo sobre o assunto. Ao encontra-lo, perguntei: E então? E aí, Lolo? (forma carinhosa como era chamado pelos amigos) Quando é que vamos nos reunir?

Então ele me respondeu o seguinte: “O que você está querendo é o mesmo que tentar a Deus. E a Bíblia diz para não tentarmos a Deus.”

Disse-lhe que não era nada disso e que a Bíblia me dava condições para fazer aquela proposta, pois havia registro bíblico onde tanto no velho como no novo testamento, lançaram sorte para se definir uma tomada de decisão, como no caso da escolha do substituto de Judas o filho da perdição.

Posteriormente, ele me escreveu uma carta tentando esclarecer melhor sua posição, carta que eu mantive guardada comigo durante muito tempo. Suas negativas ao desafio, pareceu-me ser um sinal positivo de Deus, indicando que eu estava no caminho da verdade.

Resposta divina

Não satisfeito, a exemplo de Gideão, implorei pela misericórdia divina e por mais algum sinal, para confirmar se estava certo ou errado quanto a doutrina da trindade. Enquanto ainda fazia parte da direção de música da minha igreja e ainda não havia sido proibido pela autoridade pastoral (quase papal?) de exercer qualquer atividade na igreja, fui convidado em um belo sábado à tarde, para uma reunião onde seriam definidos os novos hinos para doxologia de nossa igreja.

Haviam seis pessoas do departamento de música presentes e, ao entrar na sala onde estavam realizando a reunião, fiquei sendo o sétimo e último integrante do grupo.

A proposta era para mudar os hinos da doxologia que até o presente momento eram hinos trinitarianos. Oramos pedindo a Elohim (D`US) que nos ajudasse nas escolhas dos novos hinos e enquanto orava, no meu íntimo senti uma voz falando: “Fazei prova de Mim”.

Então, sem revelar aos outros, supliquei a Elohim (D`US) que se a doutrina da trindade fosse uma mentira que Ele não permitisse que nenhum hino trinitariano fizesse parte da doxologia.

Perguntamos quais eram os hinos selecionados e fiquei decepcionado depois de perceber que três hinos somente não eram trinitarianos. Todos os demais hinos que restavam para escolha, eram hinos trinitarianos.

Votamos os três hinos. Um para entrada dos componentes, outro para após a oração de joelhos dos membros da plataforma, e, por último, o hino após a oração inicial de joelhos com a congregação. Para minha surpresa, nenhum dos hinos votados e aprovados foram hinos trinitarianos.

Ainda um dos integrantes da reunião não muito satisfeito com a votação do último hino, alegando que houve certa indecisão por parte de algumas pessoas que haviam votado.  Os votos eram verbais, por isso solicitou uma nova votação. Mesmo assim, o hino não trinitariano, que já havia sido escolhido foi aprovado mais uma vez, encerrando a questão.

Depois de algum tempo, perguntei ao diretor de musica da igreja porque os hinos ainda não estavam sendo cantados na doxologia. Ele me disse que o pastor vetou porque iria padronizar a doxologia em todo o distrito. Tempos despois para minha surpresa, por incrível que pareça, a doxologia em todo distrito não era mais trinitariana.

Pastor Amin Rodor chama de idiota os questionadores da verdade e incluiu-me sem saber que eu estava ali para questionar. Ele disse: “uns idiotas”

A fim de me ajudar a desfazer toda e qualquer dúvida, minha esposa na época, entrou em contato com um dos professores do novo IAE, (Instituto Adventista de Ensino) uma das faculdades teológicas da igreja, pois, havia um pastor, profundo conhecedor do hebraico, que era doutorado pela universidade católica do Rio, a PUC, chamado de Pr. Oséias Moura. A ideia era a de que, como eu não conhecia o idioma original da bíblia, ele pudesse me ajudar a entender a verdade.

Fui do Rio para S. Paulo na esperança de que toda dúvida fosse definitivamente esclarecida. Fiquei em uma sexta feira, do horário do pôr-do-sol até as 23h mais ou menos, estudando com o pastor Oséias, que se esmerava para me fazer entender o significado da palavra hebraica “echad” (um) que aparece em Deut. 6: 4, e para me explicar sobre as duas trindades, a trindade imanente e a trindade econômica. Dois termos técnicos, segundo ele, utilizados para explicar a situação da subordinação de Cristo ao Pai.

No shabat pela manhã, um amigo que estava finalizando seu curso teológico e que me acolheu muito bem em sua casa durante o tempo em que estive com o pastor Oséias, levou-me para a igreja do IAE. Assistimos a Escola Sabatina e ouvimos o Pr. Amim Rodor, que é considerado doutor em divindade, no culto divino.

Ele pregou sobre a divindade do Mashiach (“Cristo”) e enfatizou o fato dEle ter aceito ser adorado como Elohim (D`US), buscando afirmar com isso, que o Filho era portanto, igual ao Pai.

Suas palavras foram de fato muito persuasivas, o que gerou em mim um conflito muito maior, uma vez que estava quase convicto da não existência de uma trindade.

Ao final do culto, meu amigo apresentou-me ao Pr. Amim e disse que eu viera do Rio para esclarecer algumas dúvidas sobre a trindade. O pastor olhou para mim e disse: “Eu estou sabendo que surgiram uns idiotas lá no Rio que acham que descobriram uma nova luz. Eu estou indo para um evento que haverá lá para esclarecer estas duvidas.” Ele não sabia que um dos idiotas estava na sua frente e era eu.

Ainda tive coragem para lhe solicitar que me desse uma cópia de seu sermão. Ele me disse que o que ele tinha em mãos era apenas um esboço ou rascunho e que posteriormente me mandaria se eu lhe desse meu endereço. Dei a ele meu endereço e também meu E-mail e estou aguardando até agora.

Depois disto, ainda conversei um pouco mais com o Pr. Oséias, que diferentemente foi muito atencioso comigo e em nenhum momento se mostrou um arrogante, alguém a quem ainda admiro e respeito, apesar de, infelizmente ainda continuar crendo nesta heresia. Mas eu continuo orando por ele e sua família.

Liberto das dúvidas

No domingo, despedi-me de todos e regressei para minha casa. Durante a viagem do ônibus ao aeroporto, comecei a chorar e a inquirir a Elohim (D`US): Por quê? Por quê? Por que ao invés de esclarecer eu voltava com mais dúvidas, pois se YAUHSHA (“Jesus”) aceitou ser adorado então era como “D`US” e, se era também um “D`US”, então, como poderia existir somente um único “D`US”?

Comecei a ler a Bíblia e, logo que comecei a ler, uma enxurrada de pensamentos veio a minha mente: O que é adoração para você? Você, Milton, sabe o verdadeiro significado da adoração? Então comecei a lembrar de varias passagens da Bíblia que falam sobre a adoração e, ao analisá-las, fiquei maravilhado com a revelação que Elohim (D`US) estava de fato me mostrando.

Estes foram os textos que me vieram a mente no momento em que eu questionava a D`US sobre a adoração. Gen. 4:1-7: ELE aceitou a oferta de Abel e rejeitou a de Caim, principio da adoração, “obediência”. I Sam.15:22: ELE rejeitou o rei Shaul (Saul) e disse pelo profeta Samuel: “O que é que o YHWH Elohim (Senhor Deus) prefere? Obediência ou ofertas de sacrifícios? É melhor obedecer a D`US do que oferecer-lhe em sacrifício as melhores ovelhas.” (BLH)

Mat.7: 21-23, YAUHSHA (“Jesus”) diz claramente: “Nem todo o que me diz Senhor, Senhor, entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus.” “João” 16: 2-3, Eles vos expulsarão das sinagogas; mas vem a hora em que todo o que vos matar julgará com isso tributar culto a D`US. Isto farão porque não conhecem o Pai, nem a mim.

Muitos ainda pensam que adorar é estritamente cantar hinos, ajoelhar-se, orar e ir a igreja para ouvir a palavra. Mas ELE “me revelou  que nada destas coisas tem o menor valor, se não for feito com entendimento em estrita obediência a toda Sua vontade.

Perguntei-me então sobre: Qual seria então a verdadeira vontade de (D`US)?

Novos textos foram surgindo em minha mente, tais como Êxodo 23: 1-2; Sal. 2: 7 e 12; Luc. 9: 35; João 5: 22-23; João 14: 23-24 e Heb. 1: 5-6.

Assim, ficou muito claro para mim, que a vontade do Altíssimo, é que obedeçamos a seu Filho, agradando-lhe a vontade e que, quando assim procedemos, na verdade estamos agradando, honrando e adorando a único e verdadeiro  Elohim (D`US), o Pai.

Mais textos bíblicos

Essa verdade ficou ainda mais evidente quando me deparei com o texto de Apocalipse 13: 4. Todos adoraram ao dragão por intermédio da Besta que recebera autoridade do dragão. É evidente que Satanás é adorado quando obedecemos as imposições dogmáticas e as leis do papado, e, desta forma, o próprio papado também é adorado.

(Não nos esqueçamos de que o principio da verdadeira adoração é a obediência!) Assim, da mesma forma, o Pai é adorado por meio de nossa obediência ao Filho, nosso “irmão” Salvador.

Elohim (D`US) deu ao Mashiach (Cristo) toda autoridade no céu e na terra, tornando-o digno de ser respeitado (adorado), ou seja, de ser obedecido também. Como eu fiquei feliz em saber que, ao servir em obediência ao Mashiach (Cristo), ao amá-lo, respeitá-lo, imitá-lo e reverencia-lo, na verdade eu estou fazendo e dedicando tudo isso ao Pai.

Vocês se lembram das palavras de YAUHSHA (“Jesus”)?  “Em verdade vos afirmo que, sempre que o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes.” Isto tem o mesmo sentido e significado em relação ao Pai. Damos sempre glórias ao PAI por intermédio de Seu Filho. Conforme I Pedro 4: 11; I Pedro 2: 5; Rom.16: 27; etc.

Também me lembrei das seguintes palavras: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém pode chegar até o Pai a não ser por mim”. (João 14:6, BLH.) Fiquei maravilhado pelo entendimento que agora possuía, chorei ainda mais, porém agora, de alegria e de felicidade. Finalmente fui liberto!

Declaração de fé

Um amigo da mesma igreja que eu frequentava foi abordado por outro dos anciãos, que lhe solicitou a ele que estudasse o assunto para me ajudar. Este amigo realmente foi quem me ajudou e muito, pois depois que ele também pesquisou o assunto por conta própria, viu que eu tinha razão e, por ser conhecedor da língua inglesa, teve acesso a muito material não divulgado, nem traduzido para nosso idioma.

Ele me ajudou a entender melhor quem é o “Espírito Santo” e juntos fizemos uma declaração sobre nossa fé em um único Elohim (D`US) e na pessoa de seu Filho YAUSHA (“Jesus”). Esta declaração ficou por mais de três meses com os pastores adventistas da Associação Rio, sendo respondida muito tempo depois,  sem que tivéssemos uma única oportunidade de discutir pessoalmente os argumentos.

Durante a reunião com os pastores Schumann, Otoniel, Carlos Palma, Aroldo, Geovane, Sant’ Clair e mais um, cujo nome já não me lembro, e na presença dos anciões Rick Castro, Afonso Gonzalez e Lourenço Gonzalez, eu, meu amigo e minha esposa, que também estava presente, fizemos um acordo final, de que não faríamos mais nenhuma reunião, nem divulgaríamos nenhum material ou pregaríamos sobre o assunto, desde que a igreja também da mesma forma procedesse, até que houvesse um desfecho do caso, após a resposta da Associação ao material que nos foi solicitado apresentar.

Se após a resposta da Associação, continuássemos com o nosso ponto de vista sobre o assunto, então, a igreja tomaria sua posição. E a posição da IASD como havíamos previsto foi a da nossa exclusão.

Mantivemos o acordo, porém, a igreja não. Foi muito interessante o que ocorreu com meus queridos irmãos. Muitos começaram a louvar o Espírito Santo sempre que estávamos presentes, outros a orar ao Espírito Santo, alguns oravam a Jesus em nome de Jesus, etc.

A gota d’água

A igreja continuou a abordar o assunto e o pastor Geovane, aproveitando a oportunidade em que um desses doutores em divindade também estaria na campal promovida pela ARJ, Amim Rodor, o mesmo que me chamou de idiota sem saber, convidou-o para pregar num domingo em minha igreja, sobre a trindade.

Quando soube, perguntei-lhes pelo acordo que havíamos feito na mesa da Associação, mas fui informado que isto já estava programado há muito tempo. Um dos irmãos fez uma enorme e empolgante propaganda do pastor e do assunto que ele traria no domingo para a igreja. O assunto seria a trindade.

Foi a gota d’água para mim, pois, além disso, aos meus ouvidos chegavam todo tipo de boatos e mentiras a meu respeito: “O Milton é o líder no Rio de uma nova seita que surgiu em Brasília, o Milton anda dizendo que o Espírito Santo não existe, o Milton está muito doente, o Milton esta com o diabo no corpo…”

No mesmo dia, ou seja, no sábado à tarde, eu, minha esposa e meu amigo fomos até a Campal, para entregar a apostila, contendo a nossa declaração de fé sobre a nossa crença em um único Deus e não em um deus triúno, como os pastores nos haviam solicitado na reunião. Aproveitamos a oportunidade para questionar os pastores sobre porque a igreja não estava respeitando nosso acordo.

Falamos com o pastor Gustavo e o pastor Otoniel, que nos informaram não estar sabendo de nada do que estava acontecendo e que falariam com o pastor Geovane sobre o assunto, o que de fato aconteceu, pois o pastor anunciado esteve em nossa igreja, porém não pregou sobre a trindade, provavelmente por ter sido advertido pela direção da Associação Rio, a qual acredito que realmente não estava sabendo de todas as coisas que vinham ocorrendo.

Visitas proibidas

Depois de algum tempo, alguns irmãos corajosos vieram me visitar e um deles me confessou que muitos outros também desejavam vir, mas ficaram com medo. Um deles até perguntou se não seria necessário falar com a direção da igreja antes de me visitar, pois o pastor Geovane, em uma reunião em que eu estava presente foi capaz de dizer para meus queridos irmãos, que se alguém fosse me visitar e estudar comigo estaria colocando a sua salvação em risco.

Eu e minha família já não tínhamos mais condição de freqüentar como antes a amada igreja adventista do Barreto e passamos a freqüentar então uma outra igreja adventista, até mais próxima de minha casa. Mas novamente o pastor fez a mesma reunião que fizera em minha igreja ao final do culto, aconselhando a todos os irmãos a não me procurarem a fim de saber sobre o assunto, sob a condição de estar colocando sua salvação em risco.

Ele informou que faria o mesmo em todas as igrejas do distrito. Minha família sentiu-se humilhada e, daí em diante, começamos a fazer nossos cultos em nossa casa. Hoje, graças ao Altíssimo, há mais irmãos conosco, fazendo parte do que denominamos de Ministério Bereano Unitariano.

Esta é minha história e o meu testemunho pessoal. Fui excluído da igreja, e hoje ajudamos as pessoas que estão passando por todo este dilema que já passamos no passado. Pedimos que orem pelo nosso Ministério Bereano e por todos os irmãos que estão em busca da verdade.

Creio no Movimento Adventista

Gostaria de ressaltar que não há absolutamente nada de pessoal, contra nenhuma das pessoas mencionadas neste meu testemunho e que até hoje considero todas essas pessoas minhas amigas, até que provem o contrário. O testemunho relatou apenas fatos ocorridos durante os dois últimos anos de minha vida, dentro dessa instituição, denominada como Igreja Adventista do 7º Dia, a qual, por estar envolvida com tantos empreendimentos seculares, tem se tornado cada vez mais semelhante a eles.

Também desejo ressaltar que, não apenas por estas falhas humanas, hoje eu creio que todas as denominações são filhas da prostituta do livro do apocalipse e seguem no mesmo caminha da mãe, em direção a ruina e perdição, pois bebem do mesmo vinho da sua prostituição.

Milton Marcos de Figueiredo Filho,

 

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