TRINDADE: DOUTRINA PAGÃ OU BÍBLICA?

Esta postagem foi copiada do link abaixo, da qual damos todos os créditos pelo bom trabalho, tanto que estamos repostando também.
https://evangelhoperdido.com.br/category/trindade-doutrina-paga-ou-biblica/
TRINDADE: Golpe de mestre do Anticristo!

Em seu livro The Church of the First Three Centuries (A Igreja dos Primeiros Três Séculos), o Dr. Alvan Lamson menciona que a doutrina da Trindade “teve sua origem numa fonte inteiramente alheia às Escrituras judaicas e cristãs; que se desenvolveu e foi enxertada [introduzida] no cristianismo pelas mãos dos Padres que promoviam o platonismo”. Quem eram esses “Padres que promoviam o platonismo”? Eram clérigos apóstatas que ficaram fascinados com os ensinos de Platão, filósofo grego pagão.

Introduzir a Trindade no cristianismo foi um golpe de mestre do anticristo, pois essa doutrina envolveu Deus num manto de mistério e obscureceu sua relação com o Filho. (João 14:28; 15:10; Colossenses 1:15) Pense nisto, como alguém pode ‘chegar-se a Deus’, como as Escrituras incentivam, se Deus é um mistério? — Tiago 4:8.

Tertuliano mostrou que as Escrituras faziam uma nítida distinção entre o Pai e o Filho. Depois de citar 1 Coríntios 15:27, 28, argumentou: “Aquele que sujeitou (todas as coisas), e Aquele a quem foram sujeitas — necessariamente têm de ser dois Seres diferentes.” Tertuliano chamou atenção para as próprias palavras do Messias: “O Pai é maior do que eu.” (João 14:28) Usando partes das Escrituras Hebraicas, tais como o Salmo 8:5, ele mostrou como a Bíblia descreve a “inferioridade” do Filho. “De modo que o Pai é diferente do Filho, sendo maior do que o Filho”, concluiu Tertuliano. “Visto que Aquele que gera é um, e Aquele que é gerado é outro; também Aquele que envia é um, e Aquele que é enviado é outro; e, de novo, Aquele que faz é um, e Aquele por meio de quem a coisa é feita é outro.”

Tertuliano achava que o Filho estava subordinado ao Pai. Todavia, ao procurar combater o modalismo, ele foi “além das coisas que estão escritas”. (1 Coríntios 4:6) Na tentativa equivocada de provar a divindade de Jesus por meio de outra teoria, Tertuliano inventou a fórmula de “uma só substância em três pessoas”. Usando este conceito, procurou mostrar que Deus, seu Filho e o Espírito Santo eram três pessoas distintas existindo em uma só substância divina. Tertuliano tornou-se assim o primeiro a aplicar a forma latina da palavra “trindade” ao Pai, Filho e Espírito Santo.

A teologia trinitária precisou da ajuda de conceitos e categorias helenísticos para ser desenvolvida e expressa. E o livro The Theology of Tertullian (A Teologia de Tertuliano) observa: 

“[Era] uma mistura curiosa de ideias e termos jurídicos e filosóficos, que habilitaram Tertuliano a elaborar a doutrina trinitária numa forma que, apesar das suas limitações e imperfeições, forneceu a estrutura para a posterior apresentação da doutrina no Concílio de Nicéia.”

Portanto, a fórmula de Tertuliano — de três pessoas numa só substância divina — desempenhou um grande papel na divulgação de um GRAVE ENGANO e este engano ganhou toda a cristandade até os dias de hoje.

Vamos analisar, então, os textos bíblicos que foram adulterados em favor da teoria trinitariana.

Já que a maior parte dos estudiosos concordam de que I João 5:7,8 foi uma adição posterior à elaboração do original, estando já ausente de muitas versões fiéis ao original, a responsabilidade de sustentar a doutrina da Trindade recaiu mais fortemente sobre Mateus 28:19 e João 14:16, que falam respectivamente sobre o batismo “em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” e sobre o “outro” Consolador prometido por Cristo. Só o fato de ser evidente que houve adulteração na tradução em I João 5:7, já era motivo suficiente para esta doutrina ser tratada como uma farsa. Mas, isso não incomoda os ferrenhos trinitarianos.

Além destes textos, os defensores da teoria da trindade costumam alegar que algumas ações do Espírito do Altíssimo são próprias de pessoas, além disso existem versos que citam o Pai, o Filho e o Espírito. Tais referências, segundo os trinitarianos, serviriam como evidências da existência da Trindade. Antes de comentar estes textos, é importante ressaltar que a palavra Trindade não aparece em nenhum lugar na Bíblia e que esta teoria foi aceita como doutrina apenas por volta do quarto século da era cristã como já vimos no artigo anterior.

A doutrina da Trindade não é um mistério, mas um atentado à lógica, especialmente por violentar o mais elementar conceito sobre quantidade: Três deuses constituem um só Deus. Essa violência só seria admissível com uma explicação bíblica, para isso como já citamos, os trinitarianos apresentam três textos para “provar” a existência da trindade: I João 5:7,8, Mateus 28:19 e João 14:16.

ANÁLISE DE I João 5.7,8

“Pois há três que dão testemunho [no céu: o Pai, a Palavra, e o espírito Santo; e estes três são um. E três são os que testificam na terra]: o espírito, a água e o sangue, e os três são unânimes num só propósito.” (I João 5:7,8).

“Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do espírito Santo.” (Mateus 28:19).

Procedendo uma leitura superficial do texto, tem-se a impressão da existência de uma Trindade, mesmo porque o texto de I João fala que existem três no Céu e que os três são um, e Mateus afirma que devemos ser batizados em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. No entanto nenhuma doutrina é estabelecida baseando-se em apenas um ou dois textos da Bíblia, ou sem análise do contexto em que o texto está inserido.

No Livro de Isaías encontramos a fórmula na qual toda verdadeira doutrina deve ser fundamentada:

“Porque é preceito sobre preceito, preceito e mais preceito; regra sobre regra, regra e mais regra; um pouco aqui, um pouco ali.” (Isaías 28:10).

“Pois há três que dão testemunho [no céu: o Pai, a Palavra, e o espírito Santo; e estes três são um. E três são os que testificam na terra]: o espírito, a água e o sangue, e os três são unânimes num só propósito.” – (I João 5:7)

Este texto é o único que afirma claramente que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são UM sem necessidade de interpretação particular. Seria uma prova perfeita da existência da Trindade, caso não fosse um texto comprovadamente adicionado posteriormente que não consta nos manuscritos mais antigos.

A maioria das traduções fiéis já omitiu este verso. A Bíblia de Jerusalém, uma das versões mais fiéis ao original que dispomos em português, omite tal verso e adiciona a seguinte nota marginal:

“O texto dos vv. 7-8 está acrescido na Vulgata de um inciso ausente dos antigos manuscritos gregos, das antigas versões e dos melhores manuscritos da Vulgata, o qual parece ser uma glosa marginal introduzida posteriormente no texto.”

Na edição João Ferreira de Almeida Revista e Atualizada I João 5:7 está entre colchetes com a seguinte explicação no início do Novo Testamento:

“Todo conteúdo entre colchetes é matéria da Tradução de Almeida, que não se encontra no texto grego adotado.”

A nota de rodapé do texto grego diz o seguinte:

“O texto dos versículos 7 e 8 entre colchetes na Almeida Revista e Atualizada nunca fez parte do original. Os manuscritos mais antigos que contém o texto são da Vulgata Latina do século XVI.”

Releiam o texto adulterado:

“Pois há três que dão testemunho [no céu: o Pai, a Palavra, e o espírito Santo; e estes três são um. E três são os que testificam na terra]: o espírito, a água e o sangue, e os três são unânimes num só propósito.” – (I João 5:7)

Leiam o texto original:

“Pois há três que dão testemunho: o espírito, a água e o sangue, e os três são unânimes num só propósito.” – (I João 5:7)

Quantos textos bíblicos foram adulterados em favor da teoria trinitariana?

Percebe-se claramente que houve uma ousada tentativa de adulteração da Palavra do Eterno a fim de introduzir o dogma da “Santíssima trindade” que nunca esteve claro na Bíblia. A pergunta que não pode deixar de ser feita é: Será que esta foi a única tentativa dos padres trinitarianos? Ou será que eles tentaram adulterar outros textos para tornar do dia para a noite a doutrina da trindade um ensino bíblico?

É muito difícil responder a estas questões pois não temos o original hebraico, pois a tradução para o grego também ocorreu com a intenção de inserir sutilmente adulterações com o intuito de reforçar e confirmar doutrinas contrárias. A Bíblia não é TODA adulterada porque o Pai não permitiu. Mas Deus está fazendo vir à tona, neste tempo do fim, todos os pontos adulterados, para que o remanescente se purifique mediante a verdade.

É relativamente fácil identificar uma adulteração trinitariana feita no século 16 (exemplo I João 5:7), mas o mesmo não pode se afirmar com relação a adulterações mais antigas, principalmente as adulterações anteriores ao quarto século.

Apesar de haver evidências suficientes de que alterações foram feitas para “beneficiar” algumas doutrinas pagãs, podemos confiar na Palavra de Deus pois ela mantém a verdade original sem perda de essência. Mesmo que haja algum tipo de adulteração, o Senhor nos revelará como fez com I João 5:7 através de provas incontestáveis ou através de fortes evidências como veremos a seguir.

Batismo em nome do Espírito Santo? – Mateus 28:19

“Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do espírito Santo.” (Mateus 28:19).

Com a generalizada aceitação de que I João 5:7 é um texto adulterado, o peso da defesa da trindade caiu fortemente sobre Mateus 28:19 que passou a ser o verso preferido dos defensores da teoria da Trindade. A razão é simples: nenhum outro verso bíblico coloca no mesmo patamar o Pai, o Filho e o Espírito Santo, ou seja, a famosa e consagrada expressão “em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” que não aparece em nenhum outro lugar na Bíblia – apenas em Mateus 28:19.

No entanto, porque esta fórmula batismal tem trazido controvérsia entre diversos estudiosos?

1) A sugestão de existência de uma trindade não se coaduna com a crença do público alvo do livro (os judeus).

2) O contexto (verso 18) diz que a autoridade foi dada a Cristo o que sugeriria, naturalmente, uma ação posterior em nome de quem tem e delega a autoridade, no caso, em nome de Cristo Jesus apenas.

3) Os batismos realizados posteriormente pelos discípulos foram em nome de Jesus apenas.

4) Todas as orientações de Cristo e as ações dos discípulos (orações, milagres, expulsão de demônios, advertências, reuniões e pregações,…) foram em nome de Jesus e não em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

5) Há evidências tangíveis de que a fórmula batismal trinitariana não conste do original, mas tenha sido adicionada posteriormente.

Então vamos analisar cada um dos itens acima, antes porém, algumas palavras importantes sobre a confiabilidade e integridade bíblica.

“Ao falar acerca destes assuntos, como de fato costuma fazer em todas as suas epístolas, nas quais há certas coisas difíceis de entender, que os ignorantes e instáveis deturpam, como também deturpam as demais Escrituras, para a própria destruição deles.” (2 Pedro 3:16)

O apóstolo Pedro declarou que nas Escrituras Sagradas há certas coisas difíceis de entender. A dificuldade vem em decorrência de alguns fatos incontestáveis: (1) Algumas pessoas “ignorantes e instáveis” aproveitam-se de alguns pontos isolados para impor seus ensinos particulares, ignoram-se a regra geral e apegam-se fortemente nas exceções. (2) A mensagem do Eterno é infinitamente profunda e nós somos limitados. A fonte de que dispomos, a Bíblia, foi escrita em linguagem humana, traduzida para outros idiomas igualmente limitados e sujeitos a falhas de interpretação.

Vamos citar um exemplo da fragilidade da linguagem humana na interpretação de versos isolados:

“Respondeu-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso.” (Lucas 23:43)

Esta célebre promessa de Cristo ao “bom ladrão” é frequentemente usada por pessoas que acreditam que após a morte o crente vai imediatamente para o paraíso. De fato, se Cristo prometeu que naquele mesmo dia estaria com o ladrão no paraíso, então isso mostra que herdamos o paraíso no mesmo dia de nossa morte. Isso é verdade? (veja os artigos sobre este assunto CLICANDO AQUI.

Sabemos que infelizmente, devido a uma fragilidade e limitação do idioma e da tradução, pode haver em um ou outro texto algum tipo de imprecisão. Mas tais imprecisões não devem nos desanimar em estudar com afinco a Palavra de nosso Criador, pelo contrário, é estudando arduamente que teremos uma visão melhor do todo e tais textos poderão ser bem compreendidos sob a luz de outros textos. Acreditamos plenamente que o Eterno preservou sua Palavra ao longo dos séculos e que não houve perda de sua essência. Quando aparece um verso difícil de entender, que parece contradizer todo o resto da Palavra, devemos contrastá-lo com outros e NUNCA respaldar doutrinas com versos isolados.

No caso da promessa de Cristo ao ladrão no madeiro fica evidente que ao longo dos séculos houve uma perda no significado original. Cristo não esteve com o ladrão no paraíso no mesmo dia de sua morte. Outros textos dão evidências claras deste fato: Os ladrões não morreram no mesmo dia (João 19:31) e, além disso, Cristo após sua ressurreição, ocorrida três dias e três noites depois, declarou que ainda não havia subido ao seu Pai (João 20:17). E ainda, há outros textos que afirmam que a morte é um sono e que haverá a ressurreição no último dia. Portanto, a análise de outros textos nos leva indubitavelmente ao significado correto do texto, que deveria ser: “Respondeu-lhe Jesus: Em verdade te digo hoje, estarás comigo no paraíso.

O que devemos fazer, então, para evitar erros doutrinários por causa dessas imprecisões na língua?

1) Analisar o texto controvertido dentro do seu contexto.
2) Analisar outros textos bíblicos que abordam o mesmo assunto.
3) Sempre que possível, recorrer ao original hebraico para desfazer dúvidas remanescentes. Existem ótimas bíblias atualmente traduzidas direto do hebraico, traduções estas feitas por rabinos messiânicos conceituados em Israel.

Mas, acima de todos estes cuidados, precisamos confiar no poder do Altíssimo que, através do seu espírito, atua em nossa mente nos guiando a toda verdade.

ANÁLISE DE MATEUS 28:19

“Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do espírito Santo.” (Mateus 28:19).

Acredita-se que o livro de Mateus tenha sido escrito originalmente em aramaico (ao contrário dos demais livros do Novo Testamento que foram traduzidos de escritos em hebraico para a chamada Septuaginta grega). O objetivo de Mateus era alcançar os judeus convencendo-os de que Jesus era o Messias descrito pelos profetas do Antigo Testamento. Desta forma, causa-nos no mínimo alguma estranheza a menção de uma fórmula batismal que sugira a existência de uma trindade jamais aceita pelos judeus. Isto porque a crença dos judeus se baseia totalmente no Velho Testamento, onde não há qualquer sugestão da existência de uma trindade. Baseados no Velho Testamento, os judeus aceitam um único Deus e a proposta de uma trindade soaria absurda. Ademais, o objetivo de Mateus não era convencê-los da existência de uma trindade, mas mostrar Jesus como o Messias.

“..em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.” (Mateus 28:19)

Fazer algo em nome de alguém” significa a concessão ou delegação de poder para outra pessoa. Por exemplo, um policial não tem autoridade se esta não lhe fosse dada pela lei. Por isso, ao deter um criminoso em flagrante, o policial poderá dizer: “Preso em nome da Lei”, em outras palavras, “Estou lhe prendendo com a autoridade que a lei me dá”.

Da mesma forma, um representante de estado, por exemplo, um embaixador, age não por si mesmo, mas em nome de uma nação. O mesmo vale para um delegado, um procurador, um advogado ou qualquer outro representante legal. Este representante, advogado ou procurador age apenas em nome de alguém que tenha lhe dado autoridade para tanto. Por isso podemos afirmar sem medo de errar que existe uma íntima relação entre fazer algo em nome de uma pessoa e a autoridade que esta pessoa confere a outrem.

Imagine que você é enviado pelo Presidente da República a uma repartição pública com uma procuração oficial assinada pelo presidente. Ao chegar você se identifica: “Meu nome é João da Silva e vim em nome do Presidente da República.” Você pode não representar muito para os funcionários desta repartição, mas como você age em nome de alguém que tem autoridade, então é prontamente atendido. Não seria assim se você estivesse representando uma pessoa comum.

Analisando o contexto de Mateus 28:19, especialmente o verso 18, vemos que a autoridade a que Mateus se refere é a autoridade do Messias e não a autoridade de uma trindade:

“Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra.” (Mateus 28:18)

O que seria esperado, então, nesse caso? Que o Messias comissionasse os discípulos como seus representantes, seus procuradores agindo exclusivamente em seu nome e com a sua autoridade. Mas, surpreendentemente, embora a autoridade seja a do Messias, a recomendação é que os discípulos batizem em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Isto é, no mínimo, muito estranho, você não acha? Mas vejamos como os discípulos obedeceram a esta ordem de Cristo.

EM NOME DE QUEM OS DISCÍPULOS BATIZARAM?

O livro de Atos relata vários batismos, mas nenhum deles foi realizado em nome da trindade. Os exemplos que temos da era apostólica demonstram claramente que os batismos foram realizados em nome do Messias. Vejamos alguns exemplos começando com o apelo de Pedro aos judeus na festa do Pentecostes:

“Respondeu-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom o espírito Santo.” (Atos 2:38)

Estaria Pedro, por acaso, desobedecendo a ordem clara do Mestre que o batismo deveria ser realizado em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo? Por que Pedro recomendou um batismo em nome de Jesus apenas? Vejamos como haviam sido batizados os crentes de Samaria:

“Porquanto não havia ainda descido sobre nenhum deles, mas somente haviam sido batizados em o nome do Senhor Jesus.” (Atos 8:16)

O livro dos Atos também relata que gentios foram batizados em nome de Jesus e não em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo:

“E ordenou que fossem batizados em nome de Jesus Cristo. Então lhe pediram que permanecesse com eles por alguns dias.” (Atos 10:48)

O livro dos Atos relata até mesmo casos de rebatismo em Éfeso:

“Eles, tendo ouvido isto, foram batizados em o nome do Senhor Jesus.” (Atos 19:5)

Por que os discípulos batizaram em nome de Jesus e não em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo? Por que os batismos hoje são em nome do Pai, do Filho e do Eespírito Santo (baseando-se em apenas um verso e ignorando todos os demais que ensinam que o batismo deve ser em nome de Jesus)?

Em Romanos 6:3 Paulo afirma que “fomos batizados em Cristo Jesus”. Ele nunca afirmou que fomos batizados na Trindade.

Escrevendo aos Gálatas, Paulo reafirma o que foi dito até o momento:

“Porque todos quantos fostes batizados em Cristo, de Cristo vos revestistes.” (Gálatas 3:28)

“Ou, porventura, ignoreis que todos nós que fomos batizados em Cristo Jesus fomos batizados na sua morte?” (Romanos 6:3)

O batismo significa a morte do cristão para uma vida de pecado e um novo nascimento para uma nova vida em Cristo. Todo aquele que é batizado em nome de Jesus, demonstra aceitar a Jesus como seu Salvador pessoal.

Não apenas os batismos foram realizados em nome de Cristo, mas todas as palavras e obras dos cristãos devem ser em nome de Jesus Cristo (não em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo).

Tudo deve ser feito em nome de Jesus Cristo. Paulo recomenda que tudo deva ser feito em nome de Jesus. O que está incluído nesta expressão “tudo”? Todas as coisas estão incluídas aqui (inclusive batismos).

“E tudo quanto fizerdes por palavras ou por obras, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai.” (Colossenses 3:17)

As orações devem ser feitas em nome de Jesus, não em nome de uma Trindade. Vejamos alguns exemplos:

“E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei.” (João 14:13-14).

“Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda.” (João 15:16).

“Até agora nada tendes pedido em meu nome; pedi e recebereis, para que a vossa alegria seja completa… Naquele dia, pedireis em meu nome; e não vos digo que rogarei ao Pai por vós. Porque o próprio Pai vos ama, visto que me tendes amado e tendes crido que eu vim da parte de Deus.” (João 16:24, 26-27).

“Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e estes façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo, em nome do Senhor.” (Tiago 5:14).

Advertências, admoestações e repreensões foram feitas em nome de Jesus, nunca em nome da Trindade.

“Rogo-vos, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que faleis todos a mesma coisa e que não haja entre vós divisões; antes, sejais inteiramente unidos, na mesma disposição mental e no mesmo parecer.” (I Coríntios 1:10).

“Nós vos ordenamos, irmãos, em nome do Senhor Jesus Cristo, que vos aparteis de todo irmão que ande desordenadamente e não segundo a tradição que de nós recebestes.” (II tessalonicenses 3:6).

Nenhum milagre foi feito em nome do Pai, do Filho e do Eespírito Santo, mas em nome de Jesus.

“Disse-lhe João: Mestre, vimos um homem que, em teu nome, expelia demônios, o qual não nos segue; e nós lho proibimos, porque não seguia conosco. Mas Jesus respondeu: Não lho proibais; porque ninguém há que faça milagre em meu nome e, logo a seguir, possa falar mal de mim. Pois quem não é contra nós é por nós.” (Marcos 9:38-40).

“E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado. Estes sinais hão de acompanhar aqueles que creem: em meu nome, expelirão demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e, se alguma coisa mortífera beberem, não lhes fará mal; se impuserem as mãos sobre enfermos, eles ficarão curados.” (Marcos 16:15-18).

“Então, regressaram os setenta, possuídos de alegria, dizendo: Senhor, os próprios demônios se nos submetem pelo teu nome!” (Lucas 10:17).

“Pedro, porém, lhe disse: Não possuo nem prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou: em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, anda!” (Atos 3:6).

“E, pondo-os perante eles, os arguiram: Com que poder ou em nome de quem fizestes isto? Então, Pedro, cheio do espírito Santo, lhes disse: Autoridades do povo e anciãos, visto que hoje somos interrogados a propósito do benefício feito a um homem enfermo e do modo por que foi curado, tomai conhecimento, vós todos e todo o povo de Israel, de que, em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, a quem vós crucificastes, e a quem Deus ressuscitou dentre os mortos, sim, em seu nome é que este está curado perante vós.” (Atos 4:7-10).

“Agora, Senhor, olha para as suas ameaças e concede aos teus servos que anunciem com toda a intrepidez a tua palavra, enquanto estendes a mão para fazer curas, sinais e prodígios por intermédio do nome do teu santo Servo Jesus.” (Atos 4:29-30).

“Isto se repetia por muitos dias. Então, Paulo, já indignado, voltando-se, disse ao espírito: Em nome de Jesus Cristo, eu te mando: retira-te dela. E ele, na mesma hora, saiu.” (Atos 16:18).

Até mesmo o Espírito Santo é enviado em nome de Jesus.

“Mas o Consolador, o espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito.” (João 14:26).

Enfim, são diversos textos que alegam tudo que devemos fazer APENAS em nome de Jesus Cristo. Diante de tantas inconsistências e incompatibilidades com o restante dos escritos sagrados, Mateus 28:19 tem sua autenticidade questionada.

A história demonstra que na era apostólica batizava-se apenas em nome de Jesus, sendo que batismos em nome do Pai, do Filho e do espírito Santo só foram realizados muitos anos após a morte dos apóstolos.

O QUE AS ENCICLOPÉDIAS DIZEM A RESPEITO DA TRINDADE?

Enciclopédia Britânica

“A fórmula batismal foi mudada do nome de Jesus Cristo para as palavras Pai, Filho e espírito Santo pela Igreja Católica no 2º Século.” (11ª Edição, Vol.3 – págs. 365-366. – em inglês)… “Sempre nas fontes antigas menciona que o batismo era em nome de Jesus Cristo.” (Volume 3, pág.82)

Enciclopédia da Religião – Canney

“A religião primitiva sempre batizava em nome do Senhor Jesus até o desenvolvimento da doutrina da trindade no 2° Século.” (pág. 53 – em inglês).

Nova Enciclopédia Internacional

“O termo “trindade” se originou com Tertuliano, padre da Igreja Católica Romana.” (Volume 22, pág. 477 – em inglês).

Enciclopédia da Religião – Hastings

“O batismo cristão era administrado usando o nome de Jesus. O uso da fórmula trinitariana de nenhuma forma foi sugerida pela história da igreja primitiva; o batismo foi sempre em nome do Senhor Jesus até o tempo do mártir Justino quando a fórmula da trindade foi usada.” (Volume 2, pág.377-378-389 – em inglês).

A Bíblia de Jerusalém incluiu o seguinte comentário de rodapé a respeito de Mateus 28:19:

“Em 1960, a Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira publicaram um Novo Testamento em Grego e a alternativa apresentada para Mateus 28:19 foi “en to onomati mou” (“em meu nome”). Eusébio foi citado como autoridade em favor desta versão. Algumas Bíblias que provavelmente utilizam-se de outros critérios na crítica textual adotam outras versões para estes textos controversos.”

O Evangelho de Mateus em Hebraico de George Howard é um exemplo que não contem a fórmula batismal em nome do Pai, e do Filho e do espírito Santo. A tradução do texto em inglês que consta no mesmo volume é a seguinte:

“Jesus, aproximando-se deles, disse-lhes: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide e ensinai-os a observar todas as coisas que vos ordenei para sempre.”

O Livro Judaico “O Judaísmo e as Origens do Cristianismo” de David Flusser também confirma a inserção da fórmula trinitariana em Mateus 28:19. Na página 156, encontramos a seguinte declaração:

“De acordo com todos os manuscrito de Mateus que foram preservados, o Jesus ressuscitado ordenou aos seus discípulos batizar todas as nações “em nome do Pai e do Filho e do espírito Santo”. A fórmula trinitaria franca, aqui, é de fato notável, mas já mostrado que a ordem para batizar e a fórmula trinitária faltam em todas as citações da passagem de Mateus nos escritos de Eusébio anteriores ao Concilio de Nicéia. O texto de Eusébio de Mateus 28:19-20 antes de Nicéia era o seguinte: ‘Ide e tornai as nações discípulas em meu nome, ensinando-as a observar tudo o que vos ordenei.’ Parece que Eusébio encontrou essa forma do texto nos oráculos da famosa biblioteca cristã em Cesaréia. Esse texto mais curto está completo e coerente. Seu sentido é claro e tem seus méritos óbvios: diz que Jesus ressuscitado ordenou que seus discípulos instruíssem todas as nações em seu nome, o que significa que os discípulos deveriam ensinar a doutrina de seu mestre, depois de sua morte, tal como a receberam dele.”

O testemunho de Eusébio de Cesaréia, que viveu entre os anos 263 e 340 d.C. o qual é apresentado no Livro História Eclesiástica, reforça o que acabamos de expor. Vejamos o testemunho apresentado nas páginas 82 e 83:

“Por si só, o texto de Mateus 28:19 não nos fornece base para crermos que o espírito Santo é uma pessoa.”

Quando Paulo encontrou os discípulos que haviam sido batizados no batismo de João, sabia que este era reconhecido pelo Céu. Entretanto, quando o mesmo Paulo perguntou se eles receberam o espírito Santo quando foram batizados, ouviu a surpreendente resposta:

“Nem mesmo ouvimos que existe o espírito Santo.” (Atos 19.2)

Aqueles que receberam o batismo de João (o mesmo batismo no qual Cristo foi batizado), nem sequer haviam ouvido falar que existia o espírito Santo. Se João Batista batizasse em nome do Pai, do Filho e do espírito Santo, logicamente aqueles discípulos já teriam ouvido falar no espírito Santo, pois eram discípulos de João, e João batizava quase todos os dias, daí ser ele chamado de “batista”. Assim, se João não batizava em nome do Pai, do Filho e do espírito Santo, Jesus também não foi batizado em nome dos três.

Portanto, caso queiramos usar o texto de Mateus 28:19 para apoiar que o espírito Santo é uma pessoa, teríamos que assumir que esta pessoa passou a existir, ou ter autoridade, depois da ressurreição de Jesus, quando Ele então mandou batizar em nome do Pai, do Filho e do espírito Santo. Mesmo se assim o fosse, não poderíamos considerar o espírito Santo como um Deus, pois neste caso ele não seria eterno, e Deus é eterno. Além disso, a Bíblia afirma expressamente que há um só Deus, o Pai, e um só Senhor, Jesus Cristo (I Cor. 8:6).

A promessa do Salvador era de que o Consolador, o espírito da Verdade, seria concedido aos discípulos após o Pentecostes. Vemos então que João não poderia mencionar o espírito Santo, pois a promessa para o recebimento do mesmo estava no futuro. O mesmo não ocorreu com Jesus, que ciente da promessa do Pai (a vinda do Consolador), ordenou, na certeza do cumprimento da promessa, que os discípulos batizassem em nome do Pai, dEle (o Filho) e do poder de ambos (o Consolador, o espírito Santo).

Percebemos portanto que o texto de Mateus 28:19 não se refere ao espírito Santo como sendo uma pessoa, pois a Escritura afirma claramente que foram vistas línguas de fogo quando a promessa do Consolador foi cumprida e os discípulos receberam o espírito Santo (Atos 2:3-4, 32-33, 37-38).

Mesmo que o texto de Mateus 28:19 seja original, não indica que o espírito Santo seja uma terceira pessoa, pois como acabamos de expor, podemos ser batizados em nome do Pai e do Filho e do espírito Santo, sem com isso afirmar que o espírito Santo seja uma pessoa distinta de Deus, o Pai e de Seu Filho Jesus Cristo.

“Vós, porém, não estais na carne, mas no espírito, se, de fato, o espírito de Deus habita em vós. E, se alguém não tem o espírito de Cristo, esse tal não é dele.” (Romanos 8:9).

Quem tem ouvidos para ouvir, OUÇA!

Referências:
Livro “Eu e o Pai Somo Um”, de Ricardo Nicotra
Livro “A Igreja dos Primeiros Três Séculos”, do Dr. Alvan Lamson
Livro “The Theology of Tertullian (A Teologia de Tertuliano)”
Livro “Gramática Elementar da Língua Hebraica”, de Hollenberg & Budde
www.present-truth.org/
averdadeacimadetudo.tripod.com/VolumeI.htm
Enciclopédia Britânica
Enciclopédia da Religião – Canney

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

A Verdade Não Teme Ser Investigada e Posta à Prova!